Gado de Leite: como reduzir custos no compost barn

Apesar de ser uma tecnologia utilizada nos Estados Unidos desde meados da década de 80, o Compost Barn ainda não é tão popular no Brasil. Porém, vem ganhando mais e mais espaço a cada dia que passa.

Como o sistema, entre outras inúmeras vantagens, tem ajudado a reduzir os custos com gado de leite, muitos produtores têm se interessado e buscado informações sobre o Compost Barn.

Em português, a tradução de Compost Barn seria “estábulo (ou celeiro) de compostagem”. Isso se dá justamente pelo modelo de criação do gado leiteiro.

Revolvedor, Escarificador Cama de Compost Barn

Veja no vídeo o Estudo de caso RESUMIDO.

Veja no vídeo abaixo o Estudo de caso COMPLETO.

Entenda o Compost Barn

Antes de destacar como o Compost Barn ajuda a reduzir os custos com gado de leite, é importante entender a tecnologia.

O Compost Barn é um sistema de confinamento do gado leiteiro num espaço físico reduzido, como em um galpão, por exemplo. O local possui uma cama composta de maravalha ou serragem, na qual os animais podem descansar o tempo todo.

Além de aumentar o bem-estar do gado de leite, o Compost Barn ajuda a diminuir consideravelmente a proliferação de doenças. Isso porque as vacas ficam o tempo todo (com exceção da hora ordenha) confinadas num ambiente limpo, seco e ventilado.

E o que isso significa? Significa uma redução de custos com o gado de leite, assim como um aumento de produtividade. Ou seja, se trata de uma tecnologia que oferece diversos benefícios ao produtor.

Como reduzir custos com gado de leite no sistema Compost Barn

Reduzir custos com gado de leite é o objetivo de todo produtor. Felizmente, por meio do Compost Barn, isso é possível. Veja como isso ocorre:

Melhor controle higiênico: por meio do Compost Barn, a vaca de leite fica menos exposta a doenças, como a mastite ou contaminação bacteriana. Com isso, o produtor gasta menos com tratamentos veterinários;
Baixa manutenção: se forem tomados os cuidados adequados, a troca da cama pode ocorrer somente 1 vez ao ano, ou seja, se trata de uma tecnologia duradoura;
Melhoria da condição de cascos e pernas: como as vacas se movem menos, os danos em cascos e pernas ficam praticamente eliminados. Isso também ajuda a reduzir custos com gado de leite;
Proximidade com a ordenha: nesse caso, a redução é do tempo gasto com o deslocamento das vacas de leite até o espaço de ordenha;
Espaço adequado para todas as vacas: outra vantagem do Compost Barn é que o galpão é adequado para vacas recém-paridas, velhas e com problemas de casco. Desse modo, o produtor não precisa gastar tempo e dinheiro mantendo os animais em espaços diferentes;

Gado de leite: Principais vantagens no Compost Barn

Mas, além de reduzir custos com gado de leite, o Compost Barn ainda oferece uma série de vantagens ao produtor, principalmente voltadas à produtividade. Veja alguns pontos:

Aumento da longevidade:
como a exigência física da vaca de leite é menor no Compost Barn, é comum que os animais vivam mais. Dessa forma, o tempo de produção de cada vaca também aumenta;
Otimização do espaço:
o sistema pode ser introduzido inclusive por produtores que não têm muito espaço disponível na propriedade; Isso porque não requer grandes instalações;
Facilidade no manejo:
o gado de leite confinado também propicia uma simplicidade e facilitação do trabalho diário, já que não há mais a necessidade de buscar os animais soltos no campo;
Animais e propriedades livres de barro:
o Compost Barn também elimina quase que totalmente com o problema de barro nas propriedades, principalmente em períodos de chuva. Desse modo, além de facilitar o trabalho, ainda garante a limpeza dos animais;

Ou seja, além de o Compost Barn reduzir custos com gado de leite, também oferece vantagens que geram lucro financeiro ao investidor.

Gado de Leite: aumento da produção com o Compost Barn

A questão do aumento da produção poderia estar na lista anterior, a qual destaca as vantagens do Compost Barn. Entretanto, justamente pelo fato de os resultados serem tão significativos, resolvemos tratar do assunto num tópico específico.

Produtores que aderiram ao Compost Barn destacam que a produção de leite por vaca aumenta com a implementação do sistema.

Só para se ter uma ideia, comparações mostram que o Compost Barn apresenta melhores resultados diante de outros modelos:

Compost Barn: 25 litros de leite por vaca ao dia
Free Stall: 22 litros de leite por vaca ao dia
Pastagem: 20 litros de leite por vaca a dia

De acordo com especialistas, isso é resultado, em grande parte, do bem-estar e do conforto propiciados aos animais. O confinamento faz com que o gado leiteiro descanse a maior parte do tempo, o que gera um menor gasto calórico, além de oferecer um menor estresse do animal.

Porém, há mais. Estudos ainda mostram que o preço pago pelo litro de leite gerado no Compost Barn é mais alto. O fato ocorre devido ao aumento da qualidade do produto, fator que é recompensado pela indústria.

Há uma redução dos casos de mastite, da contaminação bacteriana e ainda uma diminuição da contagem das células somáticas (CCS).

Entenda mais sobre o Compost Barn

O foco do Compost Barn é o bem-estar das vacas de leite. Para isso, são construídos galpões retangulares, os quais possuem o solo forrado com maravalha ou serragem. O sistema, aliás, se assemelha muito ao aviário.

Desse modo, o gato leiteiro fica instalado num espaço macio, seco e com temperatura adequada (entre 45 e 60 graus Celsius). Como dito antes, a tecnologia reduz o estresse animal, assim como a presença de doenças.

Além da grande área comum, o sistema também conta com um corredor de alimentação, o qual é separado por um beiral (o que evita a umidade da cama). Ainda possui um sistema de ventilação artificial, o qual atua para deixar o solo seco.

Já a compostagem, ocorre naturalmente com a viragem da cama, realizada 2 vezes ao dia, geralmente no momento em que as vacas deixam o local para a ordenha.

A compostagem, aliás, pode ser utilizada como fertilizante na própria lavoura assim que a cama é trocada. Por falar em troca, ela é realizada entre 7 meses e 1 ano, dependendo de cada caso. Geralmente, depende da reposição do carbono (serragem ou maravalha).